terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Amar é chique


'- Summer: Eu acho que é porque eu tava sentada lendo 'tal livro'
e um cara chegou até a mim e perguntou do livro.
Agora ele é meu marido.
- Tom: E daí?
- Summer: Daí? E se eu tivesse ido ao cinema?
E se eu tivesse ido almoçar em outro lugar?
E se eu chegasse 10 minutos depois?
Era uma coisa que era pra ser...'

|do filme 500 dias com ela‏
.

Chegou pra separar o bem do mal
dar uma apimentada no doce dos dias. 
Veio pra brincar carnaval com muito juízo no copo.
Veio pra distrair a solidão e dizer palavras três palavras guardadas 
acalmar meu coração sem saber, sabendo.
Veio pra ter luz no escuro e confundir mais ainda minha confusão.
Não teve flor, só um rock. Dos bons.
Veio sem querer achar sua metade. Ele já era inteiro.
Veio fazendo a melhor companhia.
Veio querendo ser cada um, com desejos fora de hora.
De chocolate, amor e risos.
Veio sem nenhuma fórmula pronta.
Veio cheio de alternativas e desenhos coloridos.
Veio sem falar nada, sem me mostrar nada, sem hora marcada.
Veio só pra ver e acabou ficando.
Abri a porta e falei:
- Pode entrar. Mas vem querendo ser feliz

Vanessa Leonardi

domingo, 12 de dezembro de 2010

Abrigo



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E quem é que vai censurar as dores e as delícias

da gente ser quem a gente é?...



Meu interior é simplório, tem muitos espaços vazios,

mas das pessoas que carrego por dentro,
ninguém passa 'frio nem fome',



e todo mundo dorme quentinho.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sei lá

Pensamento positivo. Não sei dizer se acredito ou não. O quê eu acredito sem dúvida é no livre-pensar, no livre-sentir, no livre-exprimir. Eu acredito na dualidade das coisas, e acredito que examinar a vida por todos os prismas nos abre leques ainda mais variados de cor. Nada é absoluto. Talvez algumas dores sejam, dores de corpo, de alma, e aí não existe pensamento positivo que dê jeito. É evidente que pensar coisas bonitas é uma atitude mais elegante perante a vida, mas mesmo o positivo tem seu quê negativo. É da criação. É assim que parece-me ser, eu pelo menos não conheço ninguém que só tenha maravilhas para contar, ou que só pense coisas positivas ou que nunca tenha sentido dor, ou derramado umas lágrimas. E queira escrever sobre. Eu gosto de ler sentimentos. Todos eles, e tenho afeição em especial pelas palavras que falam da multiplicidade dos sentimentos humanos. Eu aprendo com as alegrias que leio, que vejo, que vivo, mas aprendo também com as dores que leio, que vejo, que vivo. Eu acredito que seria mais feliz se conseguisse dominar meus sentimentos e meu pensar, mas eu não consigo. Sou movida pelo verbo sentir, e o verbo sentir não escolhe nem sujeito, nem predicados, ele quer sentir de todo jeito, e multiplicar minha existência na capacidade de me entender e me encontrar em todas as possibilidades. Eu prefiro as possibilidades positivas, mas não sou ingênua a ponto de acreditar que só elas existam, mesmo que eu morra de tanto pensar.