terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Amar é chique


'- Summer: Eu acho que é porque eu tava sentada lendo 'tal livro'
e um cara chegou até a mim e perguntou do livro.
Agora ele é meu marido.
- Tom: E daí?
- Summer: Daí? E se eu tivesse ido ao cinema?
E se eu tivesse ido almoçar em outro lugar?
E se eu chegasse 10 minutos depois?
Era uma coisa que era pra ser...'

|do filme 500 dias com ela‏
.

Chegou pra separar o bem do mal
dar uma apimentada no doce dos dias. 
Veio pra brincar carnaval com muito juízo no copo.
Veio pra distrair a solidão e dizer palavras três palavras guardadas 
acalmar meu coração sem saber, sabendo.
Veio pra ter luz no escuro e confundir mais ainda minha confusão.
Não teve flor, só um rock. Dos bons.
Veio sem querer achar sua metade. Ele já era inteiro.
Veio fazendo a melhor companhia.
Veio querendo ser cada um, com desejos fora de hora.
De chocolate, amor e risos.
Veio sem nenhuma fórmula pronta.
Veio cheio de alternativas e desenhos coloridos.
Veio sem falar nada, sem me mostrar nada, sem hora marcada.
Veio só pra ver e acabou ficando.
Abri a porta e falei:
- Pode entrar. Mas vem querendo ser feliz

Vanessa Leonardi

domingo, 12 de dezembro de 2010

Abrigo



.


E quem é que vai censurar as dores e as delícias

da gente ser quem a gente é?...



Meu interior é simplório, tem muitos espaços vazios,

mas das pessoas que carrego por dentro,
ninguém passa 'frio nem fome',



e todo mundo dorme quentinho.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sei lá

Pensamento positivo. Não sei dizer se acredito ou não. O quê eu acredito sem dúvida é no livre-pensar, no livre-sentir, no livre-exprimir. Eu acredito na dualidade das coisas, e acredito que examinar a vida por todos os prismas nos abre leques ainda mais variados de cor. Nada é absoluto. Talvez algumas dores sejam, dores de corpo, de alma, e aí não existe pensamento positivo que dê jeito. É evidente que pensar coisas bonitas é uma atitude mais elegante perante a vida, mas mesmo o positivo tem seu quê negativo. É da criação. É assim que parece-me ser, eu pelo menos não conheço ninguém que só tenha maravilhas para contar, ou que só pense coisas positivas ou que nunca tenha sentido dor, ou derramado umas lágrimas. E queira escrever sobre. Eu gosto de ler sentimentos. Todos eles, e tenho afeição em especial pelas palavras que falam da multiplicidade dos sentimentos humanos. Eu aprendo com as alegrias que leio, que vejo, que vivo, mas aprendo também com as dores que leio, que vejo, que vivo. Eu acredito que seria mais feliz se conseguisse dominar meus sentimentos e meu pensar, mas eu não consigo. Sou movida pelo verbo sentir, e o verbo sentir não escolhe nem sujeito, nem predicados, ele quer sentir de todo jeito, e multiplicar minha existência na capacidade de me entender e me encontrar em todas as possibilidades. Eu prefiro as possibilidades positivas, mas não sou ingênua a ponto de acreditar que só elas existam, mesmo que eu morra de tanto pensar.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Distrações



Nunca fora dada a portar grandes certezas,
mas subitamente ocorreu-lhe a certeza de que
desviar os olhos do que bem se quer para colocá-los
em distrações de pouco impacto era a maior e mais arriscada

PERDA DE TEMPO.


*

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Apressada como cru?

.

'Quando o sol
bater na janela...'

serei a primeira a abrir.
De repente, me deu uma pressa...

domingo, 14 de novembro de 2010

Paixão / Maiô





Eu comprei um maiô. Palavra estranha de sotaque diferente. Maiô. Tem que fazer biquinho pra pronunciar direito. _ Moça, quero comprar um m a i ô, por favor! Comprei um maiô branco para as tardes de verão. Prentendo que meus fins de tarde, quando o sol vai namorar do outro lado e as primeiras estrelas parecem fazer cricri, sejam elegantes. Quer dizer, não sei se essa é a palavra. Desejo que sejam como em outros tempos. Tempos em que havia mais romance apesar da paixão.


[Pobres seres aqueles que se apaixonam. Adoecem de corpo e alma. Tudo e todo gesto é dirigido ao outro. Isso não deve ser muito elegante, sugere haver uma luz em neon piscando alegoricamente sobre a cabeça dos apaixonados alardeando a doença em uma denúncia de que naquele corpo habita uma alma sem amor. Próprio. Território dominado pela paixão. Poderá se questinonar, _ mas, oras, todos os seres se apaixonam. Há controvérsias. Nem todos são invadidos. Há que se ter personalidade determinada para a paixão tomar conta em sua grandeza. Em sua totalidade. Ensaios de paixão não são paixão. No portal das paixões estão os riscos, os mergulhos, as incertezas, as armadilhas, as incógnitas, as equações de uma matemática particular em que, só saber as quatro operações básicas não se faz suficiente. Paixão é saber que existe o fim, e querer ir até o fim mesmo assim. É obsessão.]



Descubro recentemente que não sou ser talhado às paixões. Não tenho estrutura, saúde, coragem, disposição, luminosidade, grandeza, criatividade para um mergulho dessas proporções. Estranhamente, comprar um maiô me fez pensar nisso. Finais de tardes tranquilos, a água morna do mar aos meus pés, o sol se pondo na promessa calma de outro dia, companhias calmas e apaziguadoras ao lado, e eu e meu maiô branco, caminhando no meio da calma, bem longe dos distúrbios da paixão.




C'est La Vie





*

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Pra te comer melhor


.


Pra que esses olhos tão grandes, seu moço?!...

[Adivinha]

domingo, 7 de novembro de 2010

Dona Maricota, isso é COVARDIA!



Por anos e anos a fio sonhei que estava caindo. Queda livre de um lugar indefinido, um vôo que não era vôo e que não tinha fim. Depois, por outros anos, sonhei com tsunamis. Enormes ondas que vinham do nada, enquanto olhávamos abismados, eu e quem mais estivesse comigo no sonho, aquela coisa gigantesca vindo em nossa direção. Assim como a queda, a onda vinha mas não chegava nunca. Agonia sem fim. O que será que Freud diria desses sonhos recorrentes? Nos últimos tempos não lembro dos meus sonhos. Sei que sonho porquê dizem que todo mundo quando dorme sonha, mas quase nunca lembro. Um mergulho em zonas desconhecidas que não me deixam lembrança. Sensação de estar caindo, medo do que virá, e o vazio. Em certos momentos acho viver muito parecido com sonhar sonhos estranhos, uma coisa difícil, contrário de tudo que meu lado cor de rosa crê. Não sei me relacionar com as pessoas direito, pessoas são minha queda, meu medo, meu vazio. Não fui talhada para as convivências. Ou fui, e não entendi nada. Não que eu não goste de gente, oque ocorre é que eu não entendo nada de gente. Quanto mais o tempo passa, maior em mim é essa convicção. Tenho evitado as pessoas. Conviver me magoa. Estar perto da imprevisibilidade das reações humanas me faz lembrar do sonho em que caio, em que temo, em que saio vazia e perdida no meio de coisa nenhuma. Parece amargo? De fato, é um pouco amargo. Olhar-se de frente nem sempre é uma surpresa de fazer alvorecer o coração. Tem vez que vira breu. Sei que de um lado existem as sete ou oito maravilhas do existir, mas não consigo ignorar o outro, a escuridão do existir. E no meio disso uma fina estrada de pedras por onde ando, equilibrando-me em passos incertos, em olhos cansados que precisam ficar abertos mas teimam no conforto de fechados ficarem. Gosto de ficar de longe, só olhando ou imaginando ou tocando o nada. Não que eu prefira, viver de verdade e de perto às pessoas é o vinho mais saboroso degustado em goles gulosos e garrafas largadas pelo caminho em meio a risos, festa, e algo mais que não compreendo. Sou fraca pra bebidas. Sou fraca pra gente. Sou fraca pra viver. Por isso, fico de longe.

O caminho é de flores,
é de borboletas, passarinhos,
bem te vis, girassóis,

e nesse caminho eu fico de perto.


*

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O nome do jogo é PACIÊNCIA

.

Então a canção vai dizer que é preciso saber viver, é preciso saber ganhar, é preciso saber perder, é preciso saber a hora de parar, é preciso não reclamar, é preciso saber aceitar, é preciso ser bonzinho, é preciso não se cansar dessa chatice que é viver de acordo com. De acordo com o destino, de acordo com as regras, de acordo com a vontade dos outros, de acordo com o certo, com o ético, com o moral, e de acordo com o não engordativo. É preciso lembrar Coco Chanel que dizia que às vezes é um bocado chato fazer tudo de acordo. 


Então...Eu estou de acordo com Chanel.



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terça-feira, 26 de outubro de 2010

vadio


.
Uma coisa só?... pela eternidade todinha?
_ Teu BEIJO VADIO.

SEMPRE

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As mulheres e as dietas

As mulheres e as dietas é um tema que dá muita água pela barba, passo a expressão. Quase todas as mulheres que conheço são as melhores amigas do chá de tisanas, dos cereais fitness, das barrinhas de cereais, das saladas, etc. Mas será que isso as torna felizes? Tenho as minhas sérias dúvidas.

A questão é que que depois assisto a vários episódios que só vêm confirmar a minha teoria:
- A tipa que vai ao McDonalds e pede salada, mas acompanha com Coca Cola. Isto é triste sob vários aspectos. Em primeiro lugar ninguém vai ao McDonalds para comer saladas. É a mesma coisa que ir a um talho e pedir uma posta de pescada. Se uma pessoa passa aquela porta é já com o pressuposto que vai engordar com um BigMac ou um Double Cheese. Mas... o mais giro é que as gajas que pedem salada fazem-se acompanhar de uma bruta Coca Cola. Ao menos sejam coerentes na deprimência e peçam água. É que é pior a emenda que o soneto, porque se o objectivo era fazer dieta... entonces faça por merecer esse título.

- Também não compreendo aquela gente que dá mais de €10 por uma salada num restaurante. Ainda no outro dia, no jantar de anos da minha prima, que teve lugar numa pizzaria, esperámos mais de uma hora por uma tipa que veio depois a escolher a porra de uma salada. Ou gosta MESMO de salada, ou então estava a armar-se em esquisitinha das dietas e tem gosto em dar uma fortuna por meia dúzia de folhas de alface. Se pago caro por um prato, ao menos que coma como deve ser!

- Finalmente, sou apologista do meu próprio lema: se é para morrer, que morra feliz. Quando vejo uma tipa que se alimenta à base de ervinhas e coisas que tais e não come comida a sério, chamo-a a atenção de duas maneiras. 1 - Minha filha, não é por andares a personificar um Etíope que vais ficar mais magra. Começa por mexer essa bunda frequentemente e podes comer o que desejas. 2 - Ok que só como mais que 3000 kcal por dia e muito provavelmente não ganho nem 100g, mas pelo menos EU POSSO, sem a frustração de me ter privado dos prazeres mundanos da culinária. E deixo-as com este pensamento: imagina lá tu, com essa mania da comida saudável, que vais agora ali na rua e passa-te um autocarro por cima. Valeu-te de alguma coisa a dieta? Não viveste mais tempo, pois não? Pensa nisso.

e lembrem-se: “Calorias são uns bichinhos que a noite invadem os nossos armários e encolhem nossas roupas.”
Divirtam-se!!!
[É, eu sou nutricionista!]

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Se

.Continuei a pensar em nós dois.
E em intimidade. Um casal de amantes tem que ter uma coisa só deles,
algo que os faça ÚNICOS, quem ninguém entenda, apenas olhe e pense:

_Caramba!, esses dois vivem algo especial. Tá na cara deles.

[Teria sido assim se tivesse sido?]

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cenas


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[Das cenas]

O quê ele grita?
O quê ela grita?

Ecos em sincronia parecem dizer:

_ Eu te desafio a me amar!!!



http://www.youtube.com/watch?v=DCRG9lOdE9Y


*

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Que seja doce

Meninas são formigas. Mulheres são formigas. Creio que até os homens são formigas, e Setembro, o mês dos formigueiros se aprumarem. O sol vem com mais força, as janelas podem ser reabertas, as cortinas soltas ao vento, e à mesa, os doces. As permissões. Setembro é também um mês acanhado, ou melhor, um mês de engatinhar em direção às tentações. Um mês de encarar de frente as coisas todas, oquê nos seduz. Setembro é mês de São Cosme e São Damião, esses dois santinhos lúdicos, das crianças formigas, que nos trazem a lembrança que a vida não precisa ser amarga e nem carregada de dores, embora saibamos que até as dores podem ser véspera de doces alívios. Doces fazem isso. Aliviam. Aliviados, respiramos. Respiramos um ar doce, porquê fica ali no narizinho da gente a fragância das doçuras. E das flores. E das abelhas. E dos passarinhos. E dos dias que se alongam. E das noites de mais estrelas. E de sonhos mais bonitos... de tanta esperança. Eu sei que tudo parece utópico, mas tem dia que é assim, a gente canta e nem sabe porquê canta. Assim como há dias que a gente chora, e sabe muito bem porquê chora. Chora e então entram os doces. E depois dos doces a gente respira. E respirando doce seguimos andando, no meio da chuva, no meio do sol, feito pequenas formigas, um pouco perdidas, um tanto unidas, zanzando do meio do caos.
Que seja, ao menos então, doce. Bem doce. Né não, seu Caio?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

.

A maior parte das coisas
que mais nos interessam,

[ou mais nos aborrecem]

simplesmente não têm
E X P L I C A Ç Ã O .

Consequências, por exemplo!


*

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Conjecturas noturnas

Preciso aprender a me calar. Não que eu seja dada a falar demasiadamente. Gosto até de ficar quieta, embora nem sempre consiga. Na verdade, preciso aprender a calar minhas vozes internas. Minhas viagens entre tempos e espaços que não combinam. Preciso calar as vozes que me levam a considerar o imponderável, ponderável. Pensamentos secretos. Pergunto-me se toda a gente tem esse tipo de perturbação. Não segredos, que todos os têm, claro, mas pensamentos secretos, coisas que as pessoas não imaginam que possam habitar a placidez de sua pessoa. Sinto-me presente passado e futuro coexistindo. Logo eu, que só queria ficar quietinha no meu canto, desfrutando a calmaria dos dias e das cotidianices banais. Tenho sonhos, esses que a gente sonha quando dorme, mas são tão mais do que sonhos... Quando abro os olhos pela manhã, sinto-me exausta, como se não tivesse parado de viver histórias nem por um segundo sequer. Em todo esse enredo inquietante existe um ser. Alguém que altera formas, nem sempre se mostra, e vive na espreita. Sinto amor vindo da parte dele. Sinto ódio vindo também. Sinto saudades, sinto angústia. Tem sonhos onde nos encontramos e somos felizes. Como aqui, na vida real, em certos momentos em que a ternura nos encobre, nos esconde das sombras. Mas há sonhos onde a sombra é dona do lápis. E escreve, escreve, escreve, cria trechos intransponíveis, pontes que se partem para sempre, caminhos bloqueados por pedras seculares, barulhos, silêncios. Como aqui, na vida real, quando somos afastados pelas nossas próprias forças fracas. Contraditório, não? Forças que não fazem acontecer, forças que afastam, são fracas na intenção. No bem. Na fé. E nada cala. Todos os fantasmas clamam atenção nessa noite. Nas noites todas. Inflamados dias e noites, e pensamentos que não calam. Penso em pisar de mansinho. Tento tirar os sapatos e passar despercebida, como uma adolescente que foge pela janela do quarto frente às proibições de pais severos. Sempre tive essa fantasia não realizada. Fugir para encontrar. Coragem de amassar bem os lençóis, fazer a modelagem do corpo com almofadas para disfarçar a presença, abrir a janela em silêncio, pular sorrateiramente a janela, o muro, a cerca, e sorrir da própria capacidade de ver a coragem de querer, poder e realizar sem medo das punições ou dos possíveis enganos. E ver ao longe, à espera, aquele alguém que espera exatamente isso de você, o RISCO. Talvez, todos os fantasmas que me visitam e todos os desencontros que me sondam tenham por objetivo exatamente isso: fazer-me ver, conhecer e me entregar ao risco. Vá saber. Conjecturas de uma mente que não pára. Conjecturas de uma mente que deseja um sonho bom. Pelo menos por essa noite. Boa Noite!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

So, so Cute!

_Seu cabelo está cheiroso, Pinny, falei, aspirando o perfume dos cabelos louros recém-lavados. Com cheirinho de shampoo.
_ E o meu olho?, ela perguntou, aconchegando seu corpinho aquecido pela camisola em meus braços.

_ O que tem seu olho?
_ Também está cheiroso?
_ Por que o olho estaria cheiroso?
_ Entrou sabão nele, ela explicou.


[Diários de Sylvia Plath, Julho.1953]

domingo, 12 de setembro de 2010

Muñeca


.

Ela: Você veio, menininho! Não acredito!

Ele: Ah! menininha, sabe o que é que eu descobri?

Ela: O quê, menininho?!...

Ele: Eu não gosto de brincar de boneca mas,
eu adoro brincar COM boneca.

Married


Você sabe o que quer dizer,
c o v e r t u r e ?
A bailarina Isadora Duncan, deixa pistas:

_ Toda mulher inteligente que lê um contrato de casamento
e depois o aceita merece sofrer todas as consequências.

[Mas é tão lindo, tão romântico, tão tentador...]

domingo, 5 de setembro de 2010

Olhos de comer fotografia

_ Pra que esses olhos tão grandes feito um zoom, hein?

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

somando uma velinha

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_ Sopra a velhinha, Bebe!
_ Já vai!... não tá vendo que tô fazendo os pedidos?
_ E oquê vai pedir?
_ Não conto, não conto e não conto. É s e g r e d o .

[Até parece! Só pra constar que dia 24/08 foi meu aniversário, e eu nao tive o prazer de soprar a velinha, maaaaas muitos pedidos foram feitos mesmo assim]

*

domingo, 15 de agosto de 2010

a coisa ERRADA

.

Então, só para variar,
só de vez em quando,
a gente tem que fazer a
COISA ERRADA,

porquê só fazer a coisa certa,
deixa a vida um pouco chata.

[não deixa?...]

domingo, 8 de agosto de 2010

Bom né?

Como se possível fosse
ou impossível não fosse:

CERTAS COISAS DESLIZAM ENTRE O PASSADO E O PRESENTE

Feito valsa.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Me define


[existe um pássaro solto dentro de mim]

domingo, 1 de agosto de 2010

Um minuto de rancor


Isso... agora senta, rola, finge de morto, abana o rabinho, isso,
BOM MENINO!

[nem tem comidinha de recompensa, Bobão]

sábado, 31 de julho de 2010

De coração

Vontade de pensar em coisa bonita. Em sonho. Em belezuras. Pensar e falar sobre aquelas coisas, algumas bobas, algumas grandes, algumas sei lá, que nos fazem sorrir de uma forma estranhamente feliz. Porquê sorrir a gente sorri sempre. Quando chega no trabalho, quando dá bom dia ao vizinho, ou quando vê aquele bonitão enorme na academia. Mas sorrir mesmo, aquele sorriso que vem de dentro, d'alma, acontece frente a lembrança das coisas que nos são caras. Então, páro e penso no que me é mais caro na vida, e vejo que sou uma pessoa muito abençoada por Allah. Eu amo tantas coisas. Tantas coisas me dão prazer. Dou-me conta que sorrio muitíssimo mais do que choro. Ou lamento. Amo as coisas miúdas. Amo meus sonhos mais loucos, suspiro quando sorrio ao pensar nos sonhos realizáveis, e sorrio ainda mais ao pensar nos sonhos um cadinho mais complicados. Descobri que rezar é bom. Não. Não é bem rezar que eu falo, mas tentar conectar-se com a melhor das energias e depositar nesse altar abstrato e divino, meus gostares. Acho que os pequenos milagres acontecem a partir da entrega. Estava indo ao banco hoje, e de repente: sinal de mensagem. Pronto! sorriso imenso, suspiro, mesmo sem abrir e ver do que se tratava. A simples possibilidade de ser uma mensagem de alguém especial fez-me feliz. E sabe oque mais? Era. Dele. Dele suspirando s a u d a d e s . Coisa pequenina que me fez sorrir e até fazer gracinha para duas crianças que estavam na fila do caixa rápido. Minha avó Júlia me deu um violão lindo de um preto reluzente, e de surpresa me disse: você é minha neta inteligente vai aprender fácil. É fofa. Meu irmão coisa mais linda [oi?] veio visitar-me no meio da tarde com minha sobrinha. Ganhei do meu mais essencial dos seres um bilhetinho dizendo: você é minha vida, te amo. Minha mãe é um presente diário mesmo. Cor-de-rosinhas. Um amigo soube que aprecio um determinado tipo de leitura e foi ao carro apanhar um livro que tinha acabado de comprar para que eu lesse. Eu disse, _ mas você nem leu ainda. E ele disse: não faz mal, seu interesse pelo assunto é maior que o meu. Caramba! que dia! as pessoas resolveram fazer meu dia lindo. Milagres de amor. De amizade. De esperança. E eu nem fiz nada pra merecer isso. Eu rezei, eu acho. Conectei-me com um astral de graça, mas fora isso, não fiz nada. Só fiquei recebendo todas essas considerações e retribuindo simploriamente com sorrisos, abraços e agradecimentos. Viver pode ser bom quando conseguimos essa conexão. Não sei dizer de onde vem isso, mas asseguro que a busca por um caminho para sermos mais positivos, acolhedores dos outros, abraçadores de coisas pequenas, escrevedores de palavras miúdas, apanhadores de flores silvestres, comedores de sonhos fresquinhos, enxergadores dos aromas amigos, engolidores de ideias e sonhos, e desafiadores das sombras, então, creio que, alguma coisa especial pode acontecer. Ou várias. Milagres da vida cotidiana. É como diz meu pai que guarda tesouros, o segredo reside no ACREDITAR.

E porquê eu falo do que mais gosto,
digo que gosto sobremaneira de cada querido
até os que não passa por aqui e me alegra com a sua presença.

O beijo de hoje,
é de vocês.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ai que loucura




.

Das frases que li por aí:

'Tô tão feliz
que tô com vontade de
arrancar a minha roupa.'

[Quero essa frase pra mim!]

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sijoga

.

Vamos lá,
sem preconceito,
solta os quadris e cai no
r e b o l a t i o n .


[a vida fica mais alegre quando a gente se solta!]


*

terça-feira, 20 de julho de 2010

20 de Julho

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Ter amigos é a melhor cumplicidade quando te falta chão.
é esse sorriso bonito que te trás confiança
e fica do teu lado sempre em nome da dança
posso ter só um amigo, e nem por isso deixo de ser rica desse dom da amizade
Tem prêmio melhor que esse?
Segurar tua estrela na mão com orgulho de um campeão.
.
[Feliz dia do amigo pra meus poucos e grandiosos]

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Não amola catapora

Tem muito bicho pintado
Que dá gosto de se ver:

Tem a onça e a pantera
Tem a cobra e o lagarto.

Tem girafa, tem cachorro,
Tem porco, pato e besouro.

Tem galinha, joaninha,
Poço-espinho, passarinho.

Tem bicho que é uma beleza,
Pintado por natureza.

Mas eu, na frente do espelho,
Cheio de manchas, vermelho,

No mau pijama, sozinho,
Só pego e digo baixinho:

- Não amola, dá o fora!
Vai embora, catapora!


[é tristeza, tô mesmo com catapora. Coça aqui Jesus... não posso coçar]

sábado, 10 de julho de 2010

quantos lados tem um sentimento?

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Certas vezes,
faz-se necessário deixar
A VERDADE DE LADO
para que uma boa história
POSSA CONTINUAR

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Me quer?

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'Mal-me-quer, pensou com tristeza, vendo a última pétala. Depois lembrou que não tinha pensado em ninguém, e ficou alegre outra vez.'

segunda-feira, 5 de julho de 2010

E vamos levando...
Se ficar heavy metal demais, dou o fora!

sábado, 3 de julho de 2010

11:38

.

.
O mundo é duro meu bem,
eu tentei te colocar no colo pra te contar isso,
mas você subestimou meu aprendizado
porque eu não consigo andar sozinha?
mas aprende também bebê, sozinho a gente não aprende nada.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

...e eu quero te dizer.


Mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver. Eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito. Uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viver as superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo. Você riu porque eu dizia que não era cantando desvairadamente até ficar rouco que você ia conseguir saber alguma coisa a respeito de si próprio. Você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado.  É preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa.  Eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor. Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia. Até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas. Fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá.  Acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas, espera um pouco, eu vou te dizer de todas as coisas. É fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo. É, e eu só queria quero te dizer...
[C.F.A]

sábado, 26 de junho de 2010

Chá de vida

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- é café?
- Não é chá... Chá de GENGIBRE.
- Eca, arde!
- É ótimo para ativar a circulação, aquecer o corpo, descongestionar as vias respiratórias, e, dizem, tem propriedades afrodisíacas.
- To precisando das propriedades. Desentope veias?
- Não, mas o "amor" selvagem sim! 


[Parece a vida, ardida, quente e maliciosa]

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Que língua você fala?


Hoje eu estou muito parecida com esse senhorzinho carrancudo. Cara fechada, guarda-chuvas aberto, astral de poucos amigos. O telefone, no entanto, insiste em tocar. E eu, apesar de toda barbaridade, resolvo atender. A brisa que cai sobre mim, é água. Mas o telefonema me traz uma chuva de corações coloridos, amorosos, delicados, insistentes, e n l o q u e c e d o r e s , sedutores como uma onda quente numa praia deserta à luz da lua. Cheia. Nova. Crescente. Ai, Jesus!... afasta de mim esse cálice. Eu não sei lidar com isso, eu não sei não sucumbir à esse ser que só faz me confundir com sua sinfonia de iô-iôs. Eu não sei como fazer para ficar imune à essa tentação em forma de olhos intensamente pesistentes, mas de brilho sádico. Serão muitos convites. Serão muitas as recusas. Eu perguntei: _ meu medo te surpreeende? Falamos três línguas diferentes simultaneamente. A da verdade, a da mentira, e uma desconhecida língua medieval codificada que nenhum de nós dois consegue entender, decifrar, escapar. Atravessa por nossos meridianos corporais uma onda de desejo, que sucumbe a uma sedução maior, o medo e a raiva, assim, misturados, nos conduzindo a essa dança cabalística que faz nossas respirações soluçar. Como pode-se gostar e recusar alguém ao mesmo tempo? Ele vai ligar de novo. Mais tarde. Quando nos falamos, é como se houvesse de fato uma saraivada de laços a nos atar irremediavelmente dentro de um feitiço. Entramos no nosso transe e hipnotizados, como os olhos arregalados, cantamos ao pé do ouvido nossas mais sedutoras palavras. Estamos dentro de um encanto. A mim cabe o medo. A ele, a insistência. E ao destino, o milagre de encontrar uma forma de transformar isso tudo em apatia sem mistérios.

[não, eu não consigo virar a página, eu não sou boa na arte de escapar. você venceu]

terça-feira, 22 de junho de 2010

Mistérios do universo Masculino


'O homem sai para caçar. Fica acampado a semana inteira,
dorme nas piores condições, é devorado por mosquitos e
ainda tem que comer uma gororoba.
Ele se submete a tudo isso para abater uma alce. E quando
consegue, ele se sente o TAL.
Agora, se você resolve deixar uma cabeça de alce de presente
na porta da casa dele, ele não vai nem ligar.
Dizem, esse é o príncipio que rege o interesse masculino pelas
coisas todas. Inclusive, mulheres.'

[então tá, né?...]

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Amanhã

E acabou que acabou sendo um bom dia. No cômputo geral das coisas todas, não tive tudo que queria, mas tive bem mais que merecia. Fui útil, fui solícita, e solidária. E devo agradecer a oportunidade de ter sido. Fui acarinhada, recebi sorrisos, alguns mimos, palavras. E devo agradecer a oportunidade de ter recebido. A ciranda dos dias é feita de altos e baixos, e como diz uma amiga que voa, as coisas mais banais, são as que mais acrescentam serenidade. Li num blog vizinho uma tal teoria de que não devemos nos preocupar tanto pois, apenas vinte por cento dos nossos atos são responsáveis por oitenta por cento das consequências advindas desses. Não sei se entendi corretamente, ou se entendi a parte que me convinha, mas, gostei disso. Traz leveza e uma certa paz até, pensar que nada é tão definitivo assim. E não, né?... Todos os dias temos alguma experiência pessoal, ou próxima que nos prova isso. Em comum também, temos todos alguma coisa que ficou para amanhã. Algum sonho, alguma tarefa adiada, algum perdão a ser pedido, algum abraço que não foi dado, algum agradecimento que não foi devidamente externado. E alguma vontade não realizada. Aquelas coisas que nos frequentam sigilosamente, que a gente não abre à quase ninguém, exceto aos anjos nossos de cada dia. E ainda temos o AMANHÃ, e ele é uma promessa. O próximo minuto é uma promessa, além de ser, o resultado do que plantamos com nosso máximo esforço, ou mínimo, não importa, o certo que ele virá. Para todos. E pra mim também, se Deus quiser, e Ele há de querer, e quem sabe ele queira mais, e me ajude a ver que quando solto a corda das resistências, das teimosias, das inseguranças, e resolvo ser leve como os tais lírios do campo, então, o milagre se faz, e viver já tão parece mais tão pesado assim.
Nessas horas, lembro de você. E isso me faz bem.

domingo, 20 de junho de 2010

CutiCUTI

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Tempero de Amor:

R I S C O S

Tudo bem, tudo bem, tudo bem!
alguém poderá dizer:

_ isso é coisa de bestas quadradas,
pra que o risco se o amor pode ser
tão cuticuti?!...

Sabe qual é o maior dos riscos que
o Amor corre?
Justamente esse,
virar algo CUTICUTI.


[Quem disse que o Amor é para sempre?]

sexta-feira, 18 de junho de 2010

papo de meninas


_ Aí, ele sentou atrás de mim e puxou o meu cabelo.
_ E você?
_ Eu chutei a perna dele. Com força.

Entre gargalhadas, a amiguinha sentencia:

_ Vocês estão n a m o r a n d o !


[Amor de Mula]

carpete




Desolada no chão da sala, com as lembranças vindo à tona. É fato que, quando nossa cabeça fica desocupada, a gente só pensa no que deveria ter feito. No que poderia ter mudado. Era de se esperar, o dia estava mais do que propicio: escuro, chuvoso e frio. Eu desejava não ter isso, não digo memória porque deve ser horrível não lembrar de nada, mas eu desejava não sofrer tanto por lembrar. É aquela dorzinha tão doída, pior que cortar a mão com uma folha de papel que tanto custa parar de arder. E sabe aqueles pensamentos que tem vozes? Sim, meus pensamentos falam. Não sabia? Aos poucos, eles derramam pelos meus olhos vestígios da nossa breve felicidade. O carpete tentava aquecer minhas dúvidas. Pobrezinho, não conhece nada mesmo. Queria te trazer de volta, acredita? Mas eu me lembrei que entre nós o silêncio e a dor eram maiores do que os dias de chuva que gostavamos de admirar. Maiores do que o querer fazer sem impedir o querer deixar tentar. Por que fomos pra tão longe, se não precisamos nos perder? Já tinhamos o encontro. Doce por sinal. É normal sentir falta. Amar. Chorar. Por que ser diferente de todo mundo? Por que não querer sofrer de vez em quando? A verdade é que a gente esconde de nós mesmos. Dói, mas e daí? Quem já não sofreu um dia sequer?
As vezes eu penso que queria mais do que explicações. Mais do que um simples: Eu não amo mais você. Eu penso que queria carater.Companhia. Matéria-prima. Esperava ouvir a tua voz me trazer cor. Não queria te dominar. Tinha que ser você. Você, não eles. Eles queriam sua ingenuidade, sua fragilidade. Mas eu entendo. Agora tudo fica mais claro. O encontro havia se perdido. Era azedo. O carpete começa a irritar minha pele do mesmo jeito que você saia de mim. Do mesmo jeito que não suportava mais ficar do seu lado.
Eu caio em contradição, não queria te ver partir.
Não queria que você mudasse.
Nem que sumisse.
Eu só esperava encontrar, mais uma vez, a tua essência que se perdeu ao encontrar os olhos deles
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