segunda-feira, 21 de junho de 2010

Amanhã

E acabou que acabou sendo um bom dia. No cômputo geral das coisas todas, não tive tudo que queria, mas tive bem mais que merecia. Fui útil, fui solícita, e solidária. E devo agradecer a oportunidade de ter sido. Fui acarinhada, recebi sorrisos, alguns mimos, palavras. E devo agradecer a oportunidade de ter recebido. A ciranda dos dias é feita de altos e baixos, e como diz uma amiga que voa, as coisas mais banais, são as que mais acrescentam serenidade. Li num blog vizinho uma tal teoria de que não devemos nos preocupar tanto pois, apenas vinte por cento dos nossos atos são responsáveis por oitenta por cento das consequências advindas desses. Não sei se entendi corretamente, ou se entendi a parte que me convinha, mas, gostei disso. Traz leveza e uma certa paz até, pensar que nada é tão definitivo assim. E não, né?... Todos os dias temos alguma experiência pessoal, ou próxima que nos prova isso. Em comum também, temos todos alguma coisa que ficou para amanhã. Algum sonho, alguma tarefa adiada, algum perdão a ser pedido, algum abraço que não foi dado, algum agradecimento que não foi devidamente externado. E alguma vontade não realizada. Aquelas coisas que nos frequentam sigilosamente, que a gente não abre à quase ninguém, exceto aos anjos nossos de cada dia. E ainda temos o AMANHÃ, e ele é uma promessa. O próximo minuto é uma promessa, além de ser, o resultado do que plantamos com nosso máximo esforço, ou mínimo, não importa, o certo que ele virá. Para todos. E pra mim também, se Deus quiser, e Ele há de querer, e quem sabe ele queira mais, e me ajude a ver que quando solto a corda das resistências, das teimosias, das inseguranças, e resolvo ser leve como os tais lírios do campo, então, o milagre se faz, e viver já tão parece mais tão pesado assim.
Nessas horas, lembro de você. E isso me faz bem.

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